Valkyrie Profile - Análise

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


Produtora: Tri-Ace
Distribuidora: Enix (antes de se juntar a Squaresoft)
Lançamento: 22 de Dezembro de 1999
Gênero: RPG
Número de jogadores: 1 (um)
Plataforma: Playstation, PSP

OPENING

"It Shall be engraved upon your soul. Divine assault ! NIBELUNG VALESTI !"

   Muita gente não sabe, mas a Enix e a Square já foram concorrentes antes da união das empresas. E durante essa "guerra" de RPGs, a Square (anteriormente conhecida como Squaresoft) sempre levou a melhor com seus Final Fantasy's. Em meados do ano 2000, quando a Enix já havia lançado um de seus maiores sucessos, o Star Ocean, a Square não perde tempo e lança dois grandes títulos: Final Fantasy IX e Chrono Cross; que explodiram em vendas, porém, a Enix não se sente intimidada e aparece no mercado com um RPG totalmente original e inovador, intitulado Valkyrie Profile.
    E é realmente essa palavra que define Valkyrie Profile: inovação. Apesar de manter fielmente todas as características de um jogo de RPG, o título conta também com uma jogabilidade ao estilo plataforma, uma história que remete a mitologia nórdica, e um conjunto gráfico e sonoro simplesmente sensacionais.


   A história do jogo é muito complexa, totalmente inspirada na mitologia nórdica, gira em torno de Lenneth Valkyrie (a garota de cabelo roxo da imagem acima). Por um lado, Lenneth é mandada por Odin ao mundo dos mortais, conhecido como Mydgard, com a missão de recrutar almas perdidas de grandes guerreiros mortos, treiná-las e enviá-las para Valhalla, para lutarem ao lado de Asgard (uma espécie de Monte Olimpo, mas na mitologia nórdica) contra Vanir, em uma guerra mística conhecida como Ragnarok que pode acabar com o fim dos mundos. Já por outro lado, Lenneth se concentra em sua vida pessoal e em quem ela é, e tenta entender porque tantas pessoas citam fatos de seu passado, sendo que nem mesmo ela possui lembranças do mesmo.
   O jogo possui cerca de vinte personagens jogáveis, cada qual com sua história e seus objetivos particulares. Durante o jogo Lenneth precisa encontrar e recrutar as almas desses personagens, mas para isso, é óbvio que antes os personagens precisam estar mortos, e isso cabe a Lenneth, seja convencendo-os de que essa é a coisa certa a se fazer, ou seja até mesmo enganando-os para que morram e possam servir á Odin.


   A jogabilidade é algo totalmente novo no mundo dos RPGs. O mapa-mundi é visto de cima, visto que Lenneth pode voar, durante o mapa-mundi, o jogador precisa apertar o botão "select" para que Lenneth comece uma meditação. Ao terminar dessa meditação, das duas uma: ou a protagonista descobre alguma dungeon ou descobre alguma alma propícia a ser recrutada. Na primeira hipótese, o jogador embarca em alguma caverna, floresta, ou algo do tipo, onde tem uma visão lateral, e a exploração ocorre ao estilo plataforma. Os inimigos são visíveis, e a batalha apenas se inicia quando o inimigo e Lenneth se tocam, porém, as batalhas podem ser evitadas, já que a protagonista conta com uma habilidade, uma espécie de cristalização, que reduz o inimigo a um pedaço de cristal, porém, essa transformação é temporária e o inimigo volta ao normal em segundos. Já na segunda hipótese, Lenneth presencia vários eventos que precedem a morte e o destino do guerreiro que passará a servir Odin, terminando com o recrutamento do mesmo..
   Durante a batalha, é possível usar, além de Lenneth, mais três personagens, sendo que cada um fica designado para um botão do controle (X, O, ∆ e □). Ao apertar o botão correspondente ao personagem, ele vai até o inimigo e desfere um ataque. Desde que os ataques sejam sincronizados, para poder atordoar o inimigo, entramos para uma espécie de massacre, onde o player tem um tempo limitado para usar os ataques especiais de cada personagem e dilacerar o inimigo.


   Ao fim de cada capítulo, a Deusa Freya exige que Lenneth envie um de seus guerreiros para Asgard para que possam lutar na guerra. Com o passar do jogo, Freya sempre apresenta relatórios falando à respeito dos guerreiros selecionados pela protagonista, e é bastante aconselhável que o jogador treine-os para que eles se saiam bem na guerra.
   A dificuldade é relativa, já que o jogador é quem seleciona no começo do jogo. A dificuldade selecionada implica fortemente no jogo, seja pelo final (ao todo são três diferentes), ou seja pelos personagens que podem ser recrutados, como é óbvio de se pensar, o jogador apenas pode descobrir todos os segredos e personagens se a dificuldade selecionada for o "Hard", porém, é recomendado que se jogue primeiro nas dificuldades mais baixas, para adptar-se aos mecanismos do jogo.


   A qualidade gráfica, como os leitores podem notar nas screens, é bastante voltada ao estilo Anime. Todos os cenários são bem trabalhados, passando de castelos e vales à florestas, cavernas e cidades, todas com suas características peculiares. Cada personagem possui seus próprios movimentos distintos, sendo muito bem trabalhados e desenhados. As animações usadas durantes as batalhas são sensacionais, e em parceria com as vozes (que passam um "feeling" tremendo) fazem das batalhas algo mais intenso e menos enjoativo, sendo um dos pontos fortes do jogo, diferentemente da maioria dos RPGs, onde geralmente as batalhas são maçantes e em um número alto, o que deixa o player muito frustrado.


   A parte sonora é um show à parte ! As músicas passam o clima necessário, seja uma batalha totalmente frenética onde a música remete à adrenalina, ou seja em uma cena triste e dramática da morte de algum dos guerreiros, onde as músicas passam um clima triste e desolador. Porém, o que tornou Valkyrie Profile um dos grandes nomes da Enix, com certeza foram as vozes. Arrisco-me a dizer que Valkyrie Profile foi o primeiro jogo de video game a valorizar as vozes dos personagens de verdade, com um trabalho profissional e até então nunca visto. Cada expressão, cada movimentos em batalha, cada dano, tudo possui o seu arranjo vocal muito bem encaixado. Infelizmente é impossível o leitor compreender o alto nível do trabalho sem que o mesmo jogue o título, coisa que eu mais do que aconselho.

Mapa-mundi

   O conjunto da obra é algo indispensável para qualquer fã de RPG que se preze. Com uma história original e muitas vezes emocionante, o jogador se vê na obrigação de terminar a aventura para saber qual o desfecho da história. Se você leitor ainda não conhece o título, é uma boa oportunidade de conhecer a qualidade do trabalho da Enix, antes que a mesma se juntasse a Squaresoft, e entender porque hoje a Square Enix é o maior nome no mundos dos RPG's eletrônicos. Não perca tempo e caia logo nessa aventura mística com a nossa querida Lenneth !






RESUMO

Prós:

-História original
-Gráficos bonitos
-Sonoplastia impecável
-Mitologia nórdica \o/

Contras:

-Algumas cenas de diálogos são bastante longas
-Não achei nenhum contra fora o que foi citado acima

BATTLE GAMEPLAY

GAMEPLAY DE 9 MINUTOS NO PSP

2 comentários:

  1. oeloeloel disse...:

    muito bom sua dissertação!!!! parabens!!!!sabe o que mais me impressiona? busquei em todas as revistas de tudo que é marca,é logico que em edições apartir de junho de 1999 que foi quando o jogo foi lançado no japão e dezembro do mesmo ano na america,e não encontrei nem se quer um detonado simples do jogo. encontrei apenas meia pagina falando do jogo por alto.porem as mesmas revistas até repetem outros detonados como residente evil,ff8,ff7,grandia que são muito bons mas cadê o valkyrie profile?

  1. Realmente, Valkyre foi um jogo muito injustiçado pela mídia gamer, mas assim como qualquer produto, o objetivo das revistas é vender, e convenhamos, Valkyre infelizmente não alcançou o reconhecimento que merecia, e tantos os FFs da vida, como o RE e até mesmo Grandia venderam mais

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