Crysis 2 - Análise

domingo, 11 de dezembro de 2011


Fabricante: Crytek
Distribuidora: Eletronic Arts
Gênero: FPS
Interação online: Multiplayer
Lançamento:
EUA: 22/03/2011
Europa: 24/03/2011

Plataformas: Playstation 3, Xbox 360 e PC
Definição HD: 1080p
Número de jogadores: Campaign: 1 Multiplayer: 2~12
Idiomas: Inglês, Francês e Espanhol
Troféus: Sim

Trailer Oficial

"Welcome to New York, welcome to war"

   Meu primeiro jogo de PS3, e sem dúvida, dos que eu possuo, até hoje é um dos melhores.
   O gamer mais desavisado com certeza ficará boquiaberto ao se deparar com Crysis 2, já que o jogo possui um dos melhores (senão o melhor) gráficos dessa geração, não que isso seja novidade, já que o primeiro Crysis, lançado em 2007, e apenas para PC, já veio para revolucionar os conceitos gráficos dos gamers.


   No jogo, o player entra na pele de Alcatraz, um fuzileiro naval, que se encontra no meio de uma operação que consiste em localizar e adentrar um submarino à procura de Nathan Gould, um dos funcionários da CryNet que aparentemente possui informações valiosas sobre como deter os Ceph (extra-terrestres do primeiro episódio do jogo, que ainda caminham sobre a terra causando destruição no segundo jogo). Porém a operação acaba não saindo como o planejado, já que o submarino no qual se encontram Alcatraz e todo o seu time é atacado e destruído pelos Ceph. Depois de uma tentativa desesperada de fuga, Alcatraz retoma a consciência, e parece ser o único sobrevivente da tragédia, porém está em estado muito grave. É aí que aparece Prophet (personagem do primeiro Crysis), um dos aliados de Nomad (protagonista de primeiro Crysis), e salva a vida de Alcatraz, porém, ele (Prophet) diz estar com uma doença mortal, e não possui muito tempo de vida. Como Alcatraz é o único ser humano vivo (por assim dizer) por perto, Prophet deixa uma mensagem (muito, mas muito mal explicada) explicando a ele tudo que está acontecendo, e diz que Alcatraz deve continuar seguindo de onde ele parou. Logo depois disso, Prophet comete suicídio, fazendo assim com que a Nanosuit se integre a Alcatraz. Essa operação, ao contrário da do submarino, é bem sucedida, e Alcatraz retorna à vida, agora integrado à Nanosuit, e passa a seguir “instruções” deixadas por Prophet, e continua à procura de Gould.



   Mas claro, como nem tudo na vida é tão fácil assim, Alcatraz se depara logo de cara com dois grandes problemas: Os Ceth ainda andam sobre a terra destruindo a qualquer coisa que se mova, e também os agentes da CELL, que acreditam que Alcatraz é Prophet, e estão a procura do mesmo, com a intenção de extrair informações.
   A história, como podem ver, apesar de não ser original, é interessante e tem seus pontos positivos, porém, no decorrer da trama é contada de maneira muito confusa e desordenada, o que atrapalha, e muito, a compreensão do gamer. Além do que, existem muitos personagens no jogo que realmente não possuem uma suma importância na história, e sequer possuem motivos para justificar seus atos.
   O jogo se passa numa New York “Pré-Pós-Apocalíptica” , que sob ataque dos Ceth, está sendo totalmente devastada, é possível ver destroços da Estátua da Liberdade espalhados por todo lugar, um show a parte !



   Agora falemos um pouco sobre a Nanosuit que, segundo a Crytek, é o diferencial de Crysis para os outros FPS. É uma espécie de armadura futurista, que possuí diversas utilidades, entre elas:
Cloak Mode: Ativando o Cloak Mode, Alcatraz, juntamente com qualquer coisa que ele esteja segurando, fica quase invisível a olho nu, e pode facilmente se infiltrar entre os inimigos sem ser notado. (Uma mão na roda)
Armor Mode: Ativando o Armor Mode, a Nanosuit adiciona uma forte camada de proteção, o que diminui consideravelmente o dano recebido, tanto de ataque inimigos, como danos por quedas, por exemplo. Obviamente o Armor Mode deixa Alcatraz mais lento, porém, no seu modo “Normal”, a resistência de Alcatraz é muito baixa.
Nanovision: Uma mistura de visão noturna com visão de calor. Ativando a Nanovision fica muito mais fácil localizar os inimigos
Tactical Vision: Ativando esse modo, Alcatraz pode ver os pontos no mapa que possuem munição, pontos de Sniper, inimigos, entre outros. Muito útil durante o decorrer do jogo.


   É óbvio que nada disso é permanente. Qualquer uso da Nanosuit acarreta na perda de energia da mesma. Opções como Nanovision consomem uma pequena parcela de energia, já no Cloak Mode, a energia acaba mais rápido do que salgadinhos em festa com maconha*. Ou seja, o jogador tem que estar sempre de olho na barra de energia, já que, não seria nada legal voltar a ser visível bem no meio da área inimiga e não ter estratégia e nem energia para ativar o Armor Mode, resultando em morte certa.
   A jogabilidade é típica dos FPS (Firts Person Shooter – Tiro em Primeira Pessoa, para os leigos, o famoso “Só aparece a arminha”), e com 20 minutos de Gameplay já é possível dominar todos os controles. A Nanosuit certamente faz a diferença. Durante a jornada, o jogador sempre terá um leque de opções de como atacar os inimigos, não só devido a Nanosuit, mas também a enormidade dos mapas, que com certeza é um dos grandes atrativos do game. Apesar de o jogo ser totalmente linear, os mapas são geralmente grandes, não só na vertical, como também na horizontal, e fornecem várias opções de como progredir ao player.



   O Multiplayer de Crysis 2 não foge muito do padrão dos FPS, possuindo os modos clássicos, Deathmath e Team Deathmath, entre outros conhecidos pelos fãs do gênero. A Nanosuit também funciona durante o Multiplayer, o que é bom, porém, ao mesmo tempo é ruim. A parte boa é o elemento surpresa, a qualquer momento alguém pode ficar visível na sua frente, sem fazer idéia de que você está ali olhando, dando liberdade pra fazer qualquer movimento antecipado sem ser descoberto (menos atirar e errar, claro). Porém, o lado ruim é que isso torna o jogo muito injusto para os novatos. Com o decorrer da jogatina multiplayer, o jogador acumula pontos que podem ser usados para destravar habilidades da Nanosuit, como por exemplo, usar o Cloak Mode gastando muito menos energia. Todos concordamos que é basicamente impossível acertar um jogador invisível, certo ? Pois baseado nisso, o player mais experiente pode desenvolver táticas que dificultam muito a vida dos novatos. Uma das mais usadas no multiplayer do Crysis 2 é a básica: Cloak Mode + Camper. Consiste em se esconder em algum ponto de boa visibilidade e difícil acesso, usando algum rifle que mate com apenas um tiro, ativar o Cloak Mode (que gasta muito menos energia quando você está parado e agachado, o que é, coincidentemente, a posição que os Campers ficam) e começar a matança.


Multiplayer

   A quantidade de armas disponíveis, a meu ver, é pequena, se comparado a clássicos como Call of Duty e Half Life, porém é bem diversificada. Sendo possível também customizar a arma da maneira mais adequada.
Outro ponto que merece destaque são os servidores. Não sei se é apenas comigo, mas eu nunca consegui conectar a alguma sala com a minha conta da PSN BR, só consigo jogar o multiplayer usando a PSN EUA. Acredito que os servidores sejam distintos entre as regiões, por isso a dificuldade em encontrar salas na PSN BR.
   É um multiplayer bacana, e vale algumas horas de jogo, porém, prepare-se para ser massacrado, obliterado e exterminado, enquanto ainda for Low Level.



   Os gráficos de Crysis 2 são um show a parte ! Com certeza o melhor gráfico que eu já vi em um FPS até a data da publicação dessa análise. O foco, as sombras, os efeitos de luz, a poeira, os pedaços de papel voando, as folhas das árvores, até o céu, tudo feito com uma perfeição invejável. Cenários enormes e abandonados, cheios de prédios desabando, pedaços de asfalto quebrados, destroços, restos de automóveis, gente morta, entre outros. Várias vezes durante o jogo o player vai ser direcionado a ver os estragos que os Ceph estão fazendo e New York, seja destruindo edifícios e monumentos, ou fazendo surgir umas espécies de tentáculos robóticos do chão. Ponto para a Crytek pela perfeição de seus cenários ! Os agentes da CELL e os Ceph não fazem por menos, assim como os personagens que aparecem no decorrer do jogo, são bem trabalhados e desenhados, com animações precisas, também beirando a excelência de qualidade. Mas com certeza o ponto forte são os cenários, que deixam qualquer gamer, desde aquele que já ouviu falar em Donkey Kong Country, até aquele que era nascido quando foi lançado, sem palavras.


   A sonoplastia do jogo faz jus ao restante da produção. Variando de músicas calmas que remetem ao vazio, a músicas eletrizantes durante as cenas de ação. Devido à enormidade das fases, algumas músicas passam a ser enjoativas, depois de certo tempo ouvindo-as. Mas isso acontece com pouca constância. Os efeitos são nota 10 ! Em alguns parques, por vezes, pode-se ouvir o canto de alguns pássaros, helicópteros passando no céu, algumas explosões que estão acontecendo longe do local em que o jogador esta, tudo passado de uma forma bastante convincente e compreensível. As dublagens, apesar de não serem espetaculares, cumprem bem o seu papel. Um destaque vai para a voz da Nanosuit, que é ouvida muitas, muitas, muitas vezes durante o jogo, com um timbre robótico incomparável.
   A obra como um todo com certeza vale a experiência. Possuindo uma campanha de cerca de 15 horas, vários colecionáveis, isso sem falar dos troféus e do multiplayer, gráficos inacreditáveis que o jogador nunca vai enjoar de ver e um trilha sonora que pode servir como referência, Crysis 2 com certeza rodará durante muitas horas em seu console !

*Piada claramente inspirada na Berta de TAHM





Armor Mode

 Artwork


RESUMO


Prós:

-Melhores gráficos que já vi
-Sonoplastia invejável
-Campanha de longa duração
-Várias opções táticas
-Nanovision Enabled !

Contras:

-História confusa e mal contada
-Pouca diversidade de armas
-A maldita energia da Nanosuit que sempre acaba nas piores horas
GAMEPLAY

MULTIPLAYER



3 comentários:

  1. robsongdev disse...:

    Eae gurizada!!
    Review bom pra caralho. Tão de parabéns.
    Se me permitem, darei algumas sugestões:
    - Usar mais (e melhor) a área visível do site;
    - Deixar o texto 'justificado' (todas linhas com o mesmo comprimento);
    - Assinatura de quem fez o review;
    - O último 'contra' não é bem um ponto negativo do jogo;
    - O que é 'pré-pós-apocalíptico'?

  1. E ae cara, valeu pela visita !
    Na verdade eu tenho várias idéias de mudança de Layout, mas isso não é o meu forte.
    Eu até então não coloco assinaturas, já que sou apenas eu quem escrevo, e tem um Gadget no blog dizendo que os textos são de minha autoria.
    Na verdade o último "contra" foi só pra descontrair
    Digamos que é uma New York em processo de se tornar Pós-apocalíptica.

    Novamente obrigado pela visita e volte sempre !

  1. Anônimo disse...:

    Suas análises são muito boas cara! Você detalha bem os protagonistas e a jogabilidade. Parabéns! Comprei Crysis 2 mês passado na Steam, mas confesso que não curti porque o ponto que mais valorizo em um jogo é a história e a do Crysis 2 não é muito envolvente. Meu PC também não é muito bom rsrs fora que não zerei ainda :D

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