Demon's Crest - Análise

terça-feira, 13 de dezembro de 2011


Fabricante: Capcom
Distribuidora: Capcom
Gênero: Plataforma, com alusão a RPG
Lançamento: 1994
Número de jogadores: 1
Plataformas: Super Nintendo

 Intro Level




   Realmente esse foi um título da Capcom bastante injustiçado ! Com uma jogabilidade que lembra um misto de Mega Man X e Castlevania, e contando com cenários e personagens potencialmente macabros, Demon’s Crest infelizmente não obteve o sucesso merecido. Não por descuido da Capcom, que com certeza desenvolveu um grande jogo, acredito que tenha sido mais por falta de sorte que o game não conquistou o devido reconhecimento, e infelizmente vários gamers (que com certeza adorariam o jogo) nem ao mesmo ouviram falar.

   Conforme diz a lenda, no passado os demônios travaram uma sangrenta guerra pela posse de seis emblemas (Water, Wind, Fire, Earth, Time e Legend), conhecidos no jogo como Crests. Segundo a lenda, quem conseguisse reunir todos os seis emblemas seria contemplado com um poder inimaginável, capaz de dominar tanto o mundo dos humanos como o dos demônios.
   No decorrer dessa longa guerra, Firebrand (protagonista do jogo, que já apareceu em vários titulos da Capcom) derrota todos os demônios do submundo e com isso consegue reunir cinco, dos seis emblemas, faltando apenas o emblema Legend para que ele pudesse desfrutar do suposto poder máximo.

Intro

   Com sede de poder, Firebrand parte em busca do último emblema, que está nas mãos do poderoso (nem tanto) Demon Dragon. Com muito esforço, muito sangue derramado e vários ferimentos, Firebrand derrota o gigante dragão demoníaco e assim reúne todos os seis emblemas. Foi aí que a Capcom pisou na bola na parte do roteiro. Firebrand, que estava com os seis emblemas, mas por motivos nunca explicados, ainda não tinha recebido todo o tal poder que era prometido, teve a brilhante idéia de repousar em uma árvore não muito longe do lugar da batalha para se curar dos ferimentos e posteriormente continuar seguindo (convenhamos, eu esperava mais de um demônio que venceu todos os outros no submundo, mas obviamente essa idéia é péssima, descansar em uma árvore portando os artefatos mais procurados do universo !?). Bem, como já era de se esperar, Phatanx, o rival de Firebrand (e por sinal muito mais inteligente), que já aguardava por essa oportunidade, chegou sorrateiramente e se apossou de todas as seis crests. Firebrand, devido a sua condição física precária (e sua burrice crônica) nada pode fazer além de ver todos seus emblemas que foram conquistados com gotas de sangue e suor (se é que os demônios suam) serem levados pelo seu arqui-rival sem nenhum tipo de esforço, irônico não ?



   Sendo tomado pela ira, e sem muitas opções de ter o que fazer, Firebrand sai (novamente) em busca das seis crests que lhe foram roubadas.
   O jogo não é linear, e o jogador pode voar pelo mundo (ao maior estilo “Dirigíveis do Final Fantasy”) e escolher a ordem que quer para fazer as fases. Lembrando muito o estilo de progressão da série Mega Man, sempre que o jogador adquire um “Upgrade”, pode (e precisa) voltar várias vezes pelas fases para acessar alguns lugares inacessíveis no começo e recolher os vários artefatos espalhados pelas fases, que aumentam os poderes de Firebrand. Assim como em Mega Man, o jogador pode terminar o jogo sem recolher todos os “Upgrades”, porém, além de ser muito mais difícil, em Demon’s Crest o final também é diferente.



   Além dos itens que aumentam a energia e a capacidade de armazenar itens, que são os “upgrades” secundários, a cada Crest encontrada, Firebrand pode assumir uma forma diferente.
   Com a CrestFire”, Firebrand volta a sua forma original, sua forma normal, a que você começa o jogo.
   A CrestEarth” transforma Firebrand em um demônio mais encorpado que possui ataques físicos mais fortes, porém não possui asas.
   Já a CrestWind” é extremamente útil, Firebrand pode soltar uma espécies de bumerangues a lá Guile do Street Fighter, mas mais importante que isso, permite ao demônio voar mais alto, sendo necessário para descobrir vários “upgrades” secundários.
   A CrestWater” transforma o demônio em uma espécie de ser aquático verde das trevas, bastante útil em fases aquáticas (óbvio).
   A CrestTime” já é um pouco superior às demais, e dá a liberdade a Firebrand de voar livremente na horizontal e vertical, também essencial para exploração das fases.
   E como é de se esperar, a CrestLegend” é meio que uma mistura das habilidades de todas as Crests, e também aumenta consideravelmente o poder de destruição dos ataques do demônio.
   No mapa, além das fases, também existem lojas de Magias e Poções, que servem como cura ou como apoio.

Esse é o mapa pelo qual estão espalhadas as fases

  O ambiente do jogo é bastante “dark”, e isso com certeza é um dos pontos a serem ressaltados, com uma temática envolvendo guerra, poder e demônios, Demon’s Crest era um título bastante maduro para a época.
   A jogabilidade não deixa a desejar, e apesar de meio lenta, é eficaz e divertida, sempre oferecendo várias possibilidades de como agir ao player. O quesito “exploração” é muito usado no jogo, e o jogador vai ter que quebrar a cabeça para achar todos os itens escondidos em meio às fases, que vão de florestas e cavernas a vales e castelos. Á medida que se avança a dificuldade do jogo vai aumentando, porém, se o jogador coletar todos os seis emblemas, fica relativamente fácil terminar o jogo.



   Os gráficos, considerando que o jogo roda num console de 16 Bits, são realmente de alta qualidade. Os cenários sempre com uma temática macabra, cheio de estátuas, candelabros e caveiras, os inimigos bem desenhados e detalhados, principalmente os chefes. Todas as formas de Firebrand são desenvolvidas individualmente, e possuem diferentes animações de pulo, vôo e ataque, e sempre combinam com os cenários 2D do game.

Primeiro Boss

   A sonoridade dá pra ser deduzida apenas ao ver as imagens do game. As músicas de fundo possuem uma temática obscura, que lembram um pouco a trilha sonora do Castlevania, os efeitos sonoros dos movimentos de Firebrand e de seus inimigos são bastante convincentes e cumprem seu papel, já o “barulho” que faz quando você está sobrevoando o mapa e dá um “rasante” para descer é muito estranho, até hoje não consegui assimilar aquilo com o ruído do vento, que acredito eu que tenha sido a intenção da Capcom.

   Mas mesmo apesar de suas pequenas imperfeições, Demon’s Crest com certeza merecia mais atenção do que a que foi lhe dada, por ser um jogo muito bem desenvolvido e muito divertido, e ao mesmo tempo blasfeme e macabro, fazendo com que os mais religiosos ficassem com a cruz na mão (sem trocadilhos). Eu aconselho a todos os leitores, que nunca tiveram a oportunidade de jogar, o faça ! Seja em um console, ou mesmo através do emulador, mas o faça ! É um grande título e com certeza vocês não irão se arrepender de jogá-lo.






 Firebrand no mundo dos games

RESUMO

Prós:

-Boa jogabilidade
-Gráficos muito bem trabalhados
-Dezenas de upgrades para serem adquiridos
-É um jogo “du mal \,,/”

Contras:

-História muito forçada
-Alguns efeitos sonoros (durante a exploração do mundo) muito estranhos
-Firebrand ter tido a idéia estúpida de repousar em uma árvore

Gameplay de 14 minutos

Último Boss


4 comentários:

  1. Icael disse...:

    Adoro esse jogo\|

  1. Jogão ! Pena que não estourou na época

  1. Anônimo disse...:

    show de bola eu queria achar ele como char de mugen nas versoes antigas tambem.

  1. andrade disse...:

    nao é legend é heaven.

Postar um comentário

 
O (B)oteco Gamer - Puxe um banco, peça uma bebida e entre na conversa! © 2011 | Designed by Bingo Cash, in collaboration with Modern Warfare 3, VPS Hosting and Compare Web Hosting