Fabricante: Hitmaker (versão Arcade) e Acclaim (versçao Dreamcast)
Distribuidora: Sega
Gênero: Corrida / Ação
Lançamento: Arcade:1999 Dreamcast: 24 de Janeiro de 2000
Plataformas: Dreamcast e Arcade (posteriormente relançado para PSP, Playstation 2, Gamecube, PC e Zeebo)
Número de jogadores: 1 (um)
Trailer
Visualizem a (emocionante) rotina de um taxista: Acordar cedo, escovar os dentes, tomar um café e ir até seu carro, ligá-lo e dirigi-lo até seu ponto, onde pacientemente aguardará por passageiros nada divertidos, que variam entre pessoas estressadas, atrasadas, caladas e/ou turistas chatos. Esse mesmo taxista, ao longo de sua carga horária de trabalho se revezará entre duas atividades principais: dirigir em uma cidade que ele mesmo já está de saco cheio de ver, enfrentando congestionamentos e todos os tipos de frustrações que o trânsito nos oferece; e jogar emocionantes partidas de dominó com os outros taxistas em seu tempo livre, após isso, o taxista há de voltar para sua casa, tomar um banho, comer alguma coisa (muito raramente a esposa) e provavelmente dormir no sofá assistindo à novela das oito, para no outro dia acordar cedo e começar tudo de novo, certo ? Não em Crazy Taxi !
Lançado em 1999 para Arcade e em 2000 para o finado Dreamcast, onde foi considerado um dos jogos mais divertidos do console da Sega, e que posteriormente foi relançado para outras plataformas, Crazy Taxi revolucionou o conceito sobre a profissão de taxista. O jogo trata-se de um simulador de táxi nada convencional. O jogador dirige um táxi por uma cidade (uma área fictícia de São Francisco) com o único objetivo de levar seus passageiros até o destino no menor tempo possível e fazendo o maior número de “manobras” possíveis (por manobras, entenda “insanidades”), assim acumulando mais grana. Claro que falando assim, o jogo nem parece ser grande coisa, porém acreditem, na prática a experiência é muito, muito divertida.
Crazy Taxi é uma corrida contra o relógio, o jogador não pode nem pensar em parar para dar uma respirada, já que qualquer segundo é valioso. A cidade possui um tamanho razoável e é aberta para a exploração do jogador, ao longo da cidade estão espalhados vários passageiros, todos destacados no mapa. A missão é simples,
Os controles são fáceis e qualquer idiota pode aprendê-los em menos de dois minutos. Na versão do Dreamcast (console do qual eu joguei esse jogo), os botões principais eram os dois gatilhos (L e R), o gatilho R era o acelerador, e o gatilho L é o freio, além do que o carro possui duas marchas: Drive (andar em frente) e Reverse (marcha ré). Existe até mesmo uma técnica: se o jogador estiver com o carro parado e com a marcha em Reverse e subitamente mudar para Drive e acelerar, o carro arranca mais rapidamente, como uma espécie de turbo, porém, para pegar o tempo certo dessa técnica o jogador precisará treinar um pouco. Os direcionais controlam a movimentação do carro, e os demais botões possuem aplicações menos importantes como a buzina, a movimentação da câmera e coisinhas do tipo.
O realismo certamente foi bastante distorcido em Crazy Taxi, prepare-se para aventuras como andar (frisando: de táxi) sobre prédios, efetuar saltos que desafiam as leis da gravidade e protagonizar cenas que com certeza resultariam em dezenas de mortes na vida real.
Além do modo de jogo livre, do qual o jogador passeia pela cidade, levando passageiros em seus destinos sem maiores compromissos, o jogo também possui o modo Crazy Box, onde o jogador pode treinar suas habilidades no volante (e desbloquear alguns segredos, como carros alternativos e até mesmo aquelas “carroças” puxadas por bicicletas) passando por diversos mini-games, alguns bem difíceis, diga-se de passagem; além do modo Original, que seria uma espécie de campanha.
Os gráficos hoje podem parecer singelos, porém, para a época eram considerados tecnologia de ponta. As cidades possuem várias cores e diversos detalhes, sendo facilmente apontadas como o ponto forte da parte gráfica, os carros e as pessoas (principalmente as expressões faciais) apesar de não atingirem tamanha qualidade, era o melhor que se podia produzir em 1999, além do que, cumprem suficientemente o papel. Porém, como nem tudo são flores, em alguns pontos do jogo pode ocorrer alguns slowdowns e algumas distorções gráficas, mas nada que comprometa a jogatina.
A trilha sonora se encaixa perfeitamente ao clima do jogo, contando com uma lista de músicas bem animadas, que varia de The Offspring a Bad Religion, acompanhadas pelas freadas, batidas, mudanças de marcha e gritinhos prazerosos dos passageiros quando você tira aquela fina de algum carro na rua. A mistura de tudo isso resulta em muita adrenalina e diversão!
Infelizmente, um dos pontos negativos mais cruciais do jogo: ele não possui nenhum tipo de modo para dois jogadores, nem versus, nem cooperativo, nada ! Forçando você e seu irmãozinho a jogarem “um de cada vez” ao velho estilo “perdeu saiu”.
Crazy Taxi, a meu ver, é um jogo completamente incomum. Até hoje, em toda minha caminhada gamer nunca vi nada parecido (na verdade vi algumas coisas parecidas, mas nada que tenha marcado). Foi um jogo que fez muito sucesso nas semi-finadas locadoras de vídeo game, já que não necessitava de uma carga horária grande e nem de comprometimento, sendo um jogo bastante ocasional, mas em contrapartida, bastante viciante. Prepare-se para perder horas preciosas de sua vida dirigindo seu táxi virtual pra lá e pra cá, pegando e entregando passageiros nos mais diversos lugares como se você não tivesse nada mais importante para fazer da vida.
Recomendo esse título a todos, porém acredito que os gamers ocasionais (aqueles que só jogam “de vez enquando”) são o público alvo da específico e certamente simpatizarão mais com Crazy Taxi logo nos primeiro minutos de jogo. Acredite, depois de Crazy Taxi, seus conceitos sobre vida dos taxistas e sobre a teoria gravitacional nunca mais serão os mesmos !
RESUMO
Prós:
- Grande diversidade de passageiros e destinos
- Trilha sonora coerente com o clima do jogo
- Jogabilidade simples e eficiente
- Alguns desbloqueáveis interessantes
- Inexistência de policiais
Contras:
- Pequenos slowdowns e distorções gráficas
- Inexistência do modo para dois jogadores
- Perda de várias horas de vida jogando
ARCADE GAMEPLAY
DREAMCAST GAMEPLAY
PLAYSTATION 2 GAMEPLAY
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